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10.04.2025 03:49 PM
Índices dos EUA saltam até 12% com a pausa nas tarifas

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S&P 500

Visão geral para 10 de abril

Índices dos EUA saltam até 12% com pausa nas tarifas

Os principais índices dos EUA na quarta-feira: Dow +8%, NASDAQ +12%, S&P 500 +9,5%.

S&P 500: 4.983 pontos, faixa de negociação: 4.800-5.700.

A China está impondo tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos, com uma alíquota de 84%. Trata-se de uma resposta às tarifas de Trump, que já somam 104% sobre produtos chineses. Um nível tarifário tão elevado é praticamente proibitivo e, na prática, inviabiliza o comércio normal. Já há relatos de que grandes importadores — como a Amazon — estão suspendendo embarques de carga vindos da China para os Estados Unidos.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, classificou as contramedidas chinesas como um erro e fez um apelo por negociações. Da mesma forma, no dia anterior, Trump — o próprio responsável pelas tarifas — declarou que a China "supostamente pretende fechar um acordo". Fica claro que Trump quer que a China peça uma negociação. No entanto, também é evidente que isso envolve uma questão de prestígio para o presidente chinês Xi Jinping: negociar com quem o atacou diretamente. Até o momento, as declarações oficiais da China têm sido do tipo: "Estamos prontos para lutar até o fim". É evidente que uma ruptura nas relações comerciais prejudicará duramente ambos os países, mas, pessoalmente, acredito que a China sairá mais afetada do que os EUA.

Os mercados dispararam no meio do dia, quando Trump anunciou uma pausa de 90 dias na aplicação de novas tarifas. Contudo, ele esclareceu que essa pausa se aplica apenas aos países que não adotaram medidas retaliatórias. Imediatamente depois, anunciou que as tarifas sobre produtos chineses subiriam para 125%.

Esse anúncio impulsionou fortemente os índices norte-americanos, com o preço do petróleo saltando de 60 para 64 dólares por barril.

Em cerca de 30 minutos, o valor de mercado das bolsas americanas recuperou US$ 3,5 trilhões, em reação à suspensão temporária das tarifas.

Pouco depois, Scott Bessent afirmou que a alíquota para países dispostos a negociar com os EUA será reduzida para 10% — incluindo Canadá e México.

Bessent declarou que os Estados Unidos estão abertos a ouvir todos os países dispostos a negociar, reforçando que qualquer nação interessada em dialogar será bem-vinda.

Mais tarde, Trump declarou que a China estaria interessada em fechar um acordo tarifário com os Estados Unidos, mas destacou que o presidente Xi Jinping seria "um homem orgulhoso" e que, embora os chineses ainda não soubessem exatamente como proceder, acabariam encontrando uma solução. Com essas declarações, o ex-presidente americano manteve viva a expectativa de que Pequim tomaria a iniciativa nas negociações e faria concessões.

O Goldman Sachs reduziu sua estimativa de probabilidade de uma recessão nos EUA para 45%, ante 65% no dia anterior, após a decisão de Trump de pausar a aplicação das tarifas por 90 dias — com exceção das direcionadas à China. O banco destacou que as tarifas remanescentes ainda em vigor provavelmente elevarão a tarifa efetiva média dos EUA em 15%.

Conclusão: o rali nos mercados foi impulsionado, em parte, pela percepção de que, em meio ao caos gerado pela "guerra tarifária de Trump contra todos", a situação — na noite de 9 de abril — passou a parecer mais uma campanha focada: uma guerra comercial contra um único adversário, a China. Isso ainda representa um risco significativo, mas é muito menos ameaçador do que uma guerra comercial dos EUA contra o mundo inteiro. Além disso, permanece em aberto a possibilidade de um acordo comercial entre EUA e China — e, se esse acordo se concretizar, os mercados quase certamente voltarão a subir.

Jozef Kovach,
Analytical expert of InstaTrade
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