O par GBP/USD foi negociado em alta na quinta-feira, permanecendo próximo às máximas de três anos. Apesar do forte rali da libra esterlina nos últimos meses, correções ainda são raras no mercado de câmbio. A disparada do dólar americano entre os dias 3 e 7 de abril ainda não foi totalmente explicada. No entanto, desde o dia 7, o dólar tem se desvalorizado — e quem pode dizer que isso é injustificado?

O dólar dos EUA continua sem trunfos para competir contra o euro e a libra. E não é que o euro ou a libra estejam com uma mão poderosa — é mais que o dólar está jogando com um par de doses. Se estivéssemos falando de pôquer, poderíamos dizer que o euro e a libra estão jogando com seis e sete, e ainda assim estão vencendo facilmente o dois e três do dólar. Trump tentou blefar durante a partida, mas, até agora, a estratégia não tem funcionado. Os principais parceiros comerciais não estão correndo para a Casa Branca em busca de acordos, e agora ele está sendo forçado a suavizar sua retórica.

Enquanto isso, o mercado observa de perto os próximos passos do Federal Reserve em 2025. No início do ano, o consenso apontava para dois cortes de juros. Mas isso foi antes das políticas tarifárias de Trump entrarem em cena. Agora, as projeções dos analistas variam entre cortes agressivos e até um possível aperto monetário. O problema é que ninguém sabe ao certo se o Fed priorizará salvar a economia ou continuar combatendo a inflação. Se for a primeira opção, veremos cortes de juros; se for a segunda, as taxas provavelmente permanecerão inalteradas.

O próprio Fed já demonstrou preocupação de que as tarifas de Trump possam ter um impacto econômico mais significativo do que o esperado. Alguns membros do FOMC observaram que os níveis tarifários superaram as projeções anteriores, o que significa que a desaceleração econômica e a inflação podem se agravar. O banco central insiste que precisa entender melhor os efeitos totais dessas medidas antes de ajustar a política monetária. Por isso, mantemos nossa visão: não haverá cortes de juros no curto prazo.

No entanto, para o dólar, isso pouco importa. O Fed não flexibilizou sua política nem uma vez sequer em 2025, mas o dólar já desabou por dois meses seguidos. Por quê? Porque o mercado está reagindo exclusivamente a Donald Trump e suas decisões. Como resultado, pouco importa o que façam o Fed, o Banco Central Europeu ou o Banco da Inglaterra. O BCE cortou os juros pela sétima vez consecutiva em sua última reunião, e, mesmo assim, o euro continua se valorizando frente ao dólar.

A volatilidade média do par GBP/USD nos últimos cinco dias de negociação é de 97 pips, o que é considerado "médio" para esse par. Assim, para a sexta-feira, 25 de abril, esperamos um movimento dentro da faixa de 1,3199 a 1,3393. O canal de regressão de longo prazo aponta para cima, indicando uma tendência de alta bem definida. O indicador CCI voltou a entrar na zona de sobrecompra, mas, em um cenário de forte tendência altista, isso geralmente sinaliza apenas correções pontuais de curto prazo.

Níveis de suporte mais próximos:

S1: 1.3184

S2: 1.3062

S3: 1.2939

Níveis de resistência mais próximos:

R1: 1.3306

R2: 1.3428

R3: 1.3550

Recomendações de negociação:

O par GBP/USD continua sua tendência de alta constante. Continuamos a acreditar que esse movimento de alta é uma correção no período diário, que assumiu um caráter ilógico. No entanto, se estiver negociando com base puramente em dados técnicos ou reagindo às ações de Trump, as posições de compra permanecem válidas com alvos em 1,3393 e 1,3428, já que o preço está acima da média móvel. As ordens de venda permanecem atraentes, mas o mercado não está nem considerando comprar o dólar americano no momento, especialmente porque Donald Trump regularmente provoca novas vendas.

Explicação das ilustrações:

Os canais de regressão linear ajudam a identificar a tendência atual. Quando ambos os canais estão alinhados, isso sinaliza uma tendência forte.

A linha de média móvel (configurações: 20,0, suavizada) define a tendência de curto prazo e serve como guia para a direção das negociações.

Os níveis de Murray funcionam como pontos-alvo para movimentos e correções de preço.

Os níveis de volatilidade (linhas vermelhas) indicam a faixa de preço provável para o par nas próximas 24 horas, com base nas leituras atuais de volatilidade.

Indicador CCI: ao entrar na região de sobrevenda (abaixo de -250) ou de sobrecompra (acima de +250), o indicador sinaliza uma possível reversão de tendência na direção oposta.